Por Tamires Santos
Em Aracaju, a imprensa sergipana noticiou nesta quarta-feira, que foi encontrado as margens do Rio Sergipe, no bairro Coroa do Meio, o cash eletrônico do Banco do Brasil, roubado e extraviado, no último dia 07.
Em Aracaju, a imprensa sergipana noticiou nesta quarta-feira, que foi encontrado as margens do Rio Sergipe, no bairro Coroa do Meio, o cash eletrônico do Banco do Brasil, roubado e extraviado, no último dia 07.
Já não deveria causar impacto, notícias que denunciam assaltos, homicídios, violência sexual, principalmente contra o universo infanto-juvenil, contrariando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A partir de amanhã, 10, a capital de Sergipe é cenário da maior prévia carnavalesca do Nordeste. A proposta da festa é oportunizar momentos de entretenimento, no entanto, a ocasião também é propícia para as ações violentas. Sabendo disto, o secretário de Segurança Pública, Kércio Silva Pinto, vai realizar uma ação preventiva intitulada “Operação Pré-Caju” que visa coibir o tráfico de drogas, e a violência no Estado, durante os quatro dias de festa.
Em audiência realizada na terça-feira, 8, no Ministério Público do Estado, a promotora de Justiça Conceição Figueiredo do Núcleo de Apoio a Infância e Adolescência (Naia), reuniu conselhos tutelares, e representantes da entidade SOS Criança e do Juizado da Infância e Juventude do Estado de Sergipe. O objetivo é discutir o trabalho preventivo em parceria para a garantia dos direitos da criança e do adolescente.
A segurança em Sergipe, embora se esforce, mal disfarça sua ineficiência. Indicar que as pessoas evitem andar em locais mal iluminados é uma das meras ações preventivas indicadas pela Polícia Militar. Dicas de prevenção apenas mascaram para a sociedade o dever do poder público em assegurar a iluminação como um direito pleno do cidadão. O curioso é que as operações de combate e prevenção à violência são tratadas como algo emergencial somente em ocasiões “festivas”.
Infelizmente, depois dos quatro dias de festas, o uso de entorpecentes e a violência voltam a ser um flagelo social enraizado no cotidiano. Não nos enganemos. Existe a violência enquanto existir a marginalização social. A marginalização social vai existir enquanto houver acentuadas desigualdades, que tornou-se comum por causa da má distribuição de renda. A pobreza gera cólera enquanto não houver investimento assíduo em educação de qualidade. É um ciclo selvagem. As medidas de prevenção são ralas e superficiais. São máscaras de prevenção e nada mais.
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Artigo publicado no site da 103 fm:
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23 comentários:
O pior de tudo isso, Tamires, é que a sociedade, anestesiada por programas que desviam o foco da questão, observa tudo isso sem mover uma palha se quer, como dizia minha avó. É bom lembrarmos que a mudança não está tão somente nas mãos dos nossos governantes, mas principalmente em nossas mãos. Precisamos nos rebelar, no bom sentido, para tentar mudar o quadro que ai se encontra. Ao contrário, vamos continuar reféns dos bandidos.
Parabéns pelo ótimo texto.
Paulo Sousa - jornalista.
A festa em si já é uma maquiagem nos problemas sociais, imagina as coisas que estão por trás disso.
Concordo plenamente com Paulo. Claro que sempre haverá marginalização. Mas, a segurança precisa ser reforçada, em eventos como o pré-caju, a segurança tem que ser redobrada para garantir a segurança dos foliões.
Seria muito bom se o poder público mantivesse a eficiência que eles demonstram em épocas de festas.
Mas, existem muitas coisas, tais quais não sabemos, que impedem!
Portanto, a segurança púbica sempre terá falhas.
Ghabrielle Louise, estagiária da SSP - Secretaria de Segurança Pública.
Cara Tamires segurança sempre vai ser um problema em nosso país. Tentar maquiá-la é só uma forma que o governo encontra para arrancar o medo da população. No entanto nós somos os verdadeiros autores da nossa hístória e se pouco fazemos e reinvidicamos para tal mudança, pouco será feito por nós.
O texto ficou perfeito, parabéns.
Emanuelle Goés
Olá Tamires!
Esses caras, ao invés de iluminar as ruas, recomendam as pessoas não andarem no escuro. Eles vão fazer o que? Voar? Tá tudo escuro!
É aquela velha máxima da bola de neve. Vai juntando, vai juntando. O problema é que a máxima não diz que a bola de neve uma hora derrete. Aí vem o caos.
Parabéns pelo texto e visite meu espaço tb. Aliás, troquei o http://joaoaquila.zip.net pelo http://joaoaquila.blog.emsergipe.com
Fico muit feliz em ver pessoas escrevendo textos tão conscientes como este, quando o li na 103 fm, onde está publicado, tratei logo de entrar no blog para dar meus parabéns a autora do texto. Que outros jornalistas ou estudantes continuem a despertar a sociedade para esse marasmo na segurança.
José Roberto Santos, professor e relações públicas.
Boa tarde, visitei o blog só para dar meus aplausos a você Tamires, pelo excelente texto de esclarecimento e de advertência.
Júlio Alcântara - jornalista
Visitei o blog apenas para dar meus parebéns!
Erxelente contéudo do blog!
Amei mesmo e os textos estão ótimos!
Parabens!
beijoo ;*
// Betinha Gois
O discurso baseado apenas em medidas imediatistas para um problema crônico como a falta de segurança pública não é uma exclusividade do governo atual...é bem mais antigo e tb nao eh uma exclusividade sergipana, mas ocorre em todos os estados brasileiros. Enfim, falta vontade política, falta participação popular, falta projeto adequado, falta estrutura... e pela falta de todos esses instrumentos de ação, nos sobra a falta de segurança.
Olhe, publicando artigo até na 103 hein! Chiqie vc viu! Texto muito bom, redondinho. Acho que o problema do Brasil é que as ações do governo não são preventivas, e sim punitivas! Abraços!!!
Texto muito bom, denúncia com fundamentos em irregularidades existentes em nossa sociedade. Problemas que existirão por longos anos. Parabéns Tamires!Continue fazendo textos em pró da nossa sociedade. Matheus Mello - Estudante de jornalismo da Universidade Tiradentes.
Infelizmente a violencia estara presente pq o sistema prioriza esse tipo de acao pontual ao inves de acoes efetivas.
A questao eh prover sensacao de seguranca. Esta seguro ou nao eh outra questao.
O importante nao eh povo estar bem, o importante ele eh achar q esta bem. Enquanto nos comportarmos assim estaremos ratificando esse tipo de acao paleativa (e pq nao dizer marqueteira) e sem efeito dentro da estrutura global da segurancao publica.
Nunca me fez tanto sentido a maxima...
O povo tem o governante que merece!
Parabéns pelo ótimo texto!Existem jornalistas de renome no nosso estado que não escreve tão bem como você neste texto. Parabéns!
O texto sobre a violência no nosso Estado é de grande relevância, pois, os problemas que enfrentamos e a realidade na qual eles existem “por trás” dessa prévia carnavalesca, só nos demonstram algo que estamos cansados de saber: Nossa absurda arrogância com os seres humanos.As desigualdades são reflexos do que nós permitimos acontecer. Se existem pessoas que vivem em favelas sem a mínima condição de sobrevivência, é porque deixamos que as autoridades optem por decisões que representam descaso a sociedade aracajuana.
Parabéns pelo seu texto.
Adriano Góis - Estudante de Geografia da Universidade Tiradentes e estudante de Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de Sergipe
Olá Tamires!!
Fiquei muito feliz em vê seu texto no site da 103, meus Parabéns!!!!
Não estava nem conhecendo vc na foto.
Seu texto está 10!
Bjos e Saudades de toda a turma!
Vivi
Se cada um não se preocupar com sua própria segurança, estará ferrado, pois no mundo em que vivemos é cada um por si e Deus por todos. Essa é a triste realidade. Um texto muito bom, ótimo, vai aqui meus parabéns a sua autora mesmo sem conhecê-la.
Sílvio Monteiro
Muito bem jovem estudante, tá de parabéns pela sua linha de pensamento. Admiro pessoas inteligentes assim. Escreve bem e tem uma opinião inteligente. O povo fica grato pelo seu ótimo artigo.
Zé Henrique , cantor e compositor
Que maravilha de artigo esse, Tamires, mesmo não te conhecendo pessoalmente, já se sinta ganhadora de fãs. Pois já posso me dizer fã pela sua escrita verdadeira, sincera e embasada. Vejo que gosta muito de lidar com crianças, realmente é um mundo maravilhoso este, digo isso não por ter sido um dia criança (risos) e por ser mãe de uma linda menina, mas por ser, graças ao meu bom Deus, psicóloga. A Psicologia é uma 'santidade em profissão', ajuda a entender, com as bençãos de Deus, perfeitamente as pessoas, cura as pessoas, recupera elas do mau e nos faz ver o mundo diferente como nem uma outra profissão é capaz. Eu adoro minha profissão, assim como você deve gostar da sua. Olha, mas lendo seu texto vejo também que tem vocação para a Psicologia também, quem sabe se no amanhã não poderemos nos encontrar na Psicologia. Eu tenho 28 anos de idade e dois de profissão e amo o que faço. Seu texto é brilhante, qualquer pessoa admira. Uma colega minha que mora no Rio é jornalista e se formou em Psicologia o ano passado, depois que conheceu a Psiclogia abandonou o jornalismo, isso porque ela mesma diz que trabalhar com a mente de pessoas em particular crianças e adolescentes é uma coisa gratificante que só Deus sabe da sua felicidade e importância social. Mas vá em frente em seus objetivos, você é muito talentosa. Segundo um professor meu, o psicólogo Dr. Marcos Wandrey, normalmente quem tem facilidade em escrever, em pensar, geralmente tem talento e dom pra Psicologia. Ele diz que a Psicologia (aí você encaixa também a Medicina)é um dom de Deus como nem uma outra profissão. Olha, sucesso pra ti e felicidade na sua profissão ou nas suas profissões.
Drª Roseany Abreu - Psicóloga.
A segurança pública só melhora quando a gente aprender a votar, e essa consciência tem que partir de vocês jornalistas que são os formadores da opinião pública. O texto reflete a realidade, adorei suas colocações, jovem. Parabéns.
Paulo Henrique da Silva, bancário.
A segurança pública do nosso país é motivo de piada. Bom texto esse. Valou a verdade.
José Henrique, funcionário público
Texto bem crítico e que serve de exemplo para muitos jornalitas já formados que pouco dão importancia pra esta problematica. Valeu pela crítica construtiva.
Anderson
E como é um flagelo, parabéns pela simplicidade da escrita.
Rafel Tavares
Segurança pública, saúde, educação e saneamento são coisas que só vão ficar no papel, não há interesse dos nossos políticos em solucionar esses problemas, porque eles dão voto. É uma máscara mesmo. Ótima reportagem e crítica.
Ana Alice - ouvinte e leitora do site da 103
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