sábado, 7 de fevereiro de 2009

Meu Blog mudou de visual

Olá fiéis leitores. Não fiquem assustados! Vocês não estão em um endereço errado, tá? Apenas decidi preparar um espaço mais leve pra vocês. Quero que sintam-se em casa no meu blog, por isso, mudei o modelo e o título, assim, teremos um contato mais informal. Gostaram? Opinem na barra de comentários.
Entrem e sintam-se realmente em casa!

Humanidade robotizada


Amigos leitores, desculpem a minha demora por cada postagem. É que como passo 6 horas por dia trabalhando em frente a um computador , chego em casa gritando por contato humano e real. Por isso, demorei a escrever nesse meu recanto.

Eu seu que os avanços tecnológicos, iniciados desde o século XIX e que continuam sendo explodidos no cenário atual é vislumbrado por nós, afinal, somos seres humanos, e como pessoas somos sedentos por novidades. As empresas, claro, investem pesado! E nós, não queremos estar excluídos do que nos rodeia, do que já faz parte das conversas nas rodas de amigos. Imagina, você? Não ter acesso a internet? Um cúmulo né? Você nem tem esse direito, coitado.

Mas, eu estava pensando...será que o mundo sem tanta tecnologia não seria mais humano? Nossa...hoje se faz notícia sem precisar sair de uma redação. Nós jornalistas, conversamos sobre aumento da tarifa de ônibus, ouvimos as reivindicações dos bancários pela queda da redução de juros (Selic), imaginamos a manifestação sem nem poder sentí-la, vê-la acontecer, sem nem ao menos olhar nos olhos do entrevistado. Entrevistamos por telefone. É a era do Web jornalista e eu faço parte desse nicho. Nossa! A comunicação social passa a ser virtual.

A internet é um instrumento com uma potencialidade que facilita as nossas vidas, agiliza conversas, gera comunicação com pessoas distantes, mas, ela nunca pode ocupar o lugar real da nossa vida. Quando estamos navegando na internet, estamos em um "não lugar", como disse Pierre Levy, no livro "O que é o virtual". Pensamos que saimos do lugar, mas não saimos. Acaba que isso se torna tão comum em nossas vidas, que se deixarmos, viveremos robotizados, aceitando informações por e-mail, sem ter como checá-las, ouví-las, e sendo obrigados a apenas imaginá-las e confiar no que imaginamos, no que ouvimos.

Bom seria, se a internet não reinasse tanto em nossas vidas e se a opção primordial do mundo capitalista fosse nos estimular a tomar um sorvete com um amigo que não vemos há muito tempo, ou, poder fazer uma notícia, após ter testemunhado uma manifestação, um ato público. Ver o rosto da revolta, é diferente de ouvir alguém contar! Ouvir as vozes dos excluídos, restituídas em apenas um grito por justiça social, é diferente de coletar informações sobre os pontos reivindicados.
Bom seria, se tivéssemos a coragem de falar aos nossos amigos ou conhecidos, tudo que demonstramos por meio do virtual. Bom seria se eu pudesse desabafar pra o mundo, tudo isso, mas, o mundo não ouviria, por quê estão todos muitos dispersos, com tantas coisas pra fazer, tantos e-mails pra enviar, ligações telefônicas pra fazer, fax pra mandar, digitalizar, armazenar. Tanta tecnologia que promove distância, ou aproximação.
Depende de você, que pode optar por abraçar alguém, ao invés de instruir um mouse e escolher a opção selecionar. Pense nisso. Que as tecnologias sejam para complementar os nossos relacionamentos, e não para ser o único instrumento de ligação entre os seres humanos. Afinal, somos humanos, não temos CPU, nem hadware, disco rígido, nada disso! Temos alma, coração, sentimentos, vontades, desejos e tudo o mais que só nós, humanos, podemos sentir.