Por Tamires Santos e Maristela Niz.
É fato que o desenvolvimento não chegou em todos os lugares da cidade de Aracaju. Para os menos abastados sobraram à lama nas ruas ao invés da drenagem e pavimentação. Quando os moradores contam com a sorte de ter o calçamento, este se encontra escavado e sem maiores iniciativas da Empresa Municipal de Obras e Urbanização ─ EMURB.
O Projeto de Reurbanização da Atalaia, teoricamente, já está em execução, e começou desde 2006, a partir do cadastramento das habitações subnormais (invasões). O objetivo do Projeto é urbanizar a antiga área de invasão e fixar os moradores nas 660 casas que foram entregues.
Segundo a EMURB o projeto aclopa as seguintes ruas: Bezerra de Menezes, Cônego José Felix, Gervázio de Araújo Souza, José Figuereido Alburquerque, Oceânica, Mário Jorge, Euclides Góes, poeta José Sarles Campos e Humberto Resende Góes.
Enquanto o projeto não é efetivamente concretizado, o Habitacional Coroa do Meio, padece com infra-estrutura precária e fossas abertas. “Semana passada tinha tanto mosquito. A EMURB veio aqui e não fez nada. O vizinho já meteu a marreta na rua para tentar resolver”, desabafa Pedro Costa, dono de Mercearia. Ele acrescentou ainda, que há clientes afugentados pelo mau cheiro provocado pela “boca de lobo” que entope o canal, pelo qual se derrama uma água verde e exala em um odor insuportável.
Durante um ano, a reclamação dos moradores é que a prefeitura só vem no local quando é época de festa, como o São João, para recolher entulhos e tentar acalmar o povo e mostrar que está fazendo algo pela população.
Questionados acerca de providência efetiva para a resolução dos problemas dos moradores da periferia em questão, a assessoria da EMURB explica que “por causa das antigas invasões que existiam no local, o sistema de drenagem ficou comprometido, o escoamento natural seria para o mangue. Mas, quando chove a água não tem como escoar. Além disso, a chuva retarda, por exemplo, as obras de escavações e as galerias de drenagem”, reconhece.
A moradora da rua “A” do Habitacional, Maria Aparecida Santos, 45, afirma que durante um ano, quando chove, a situação é a mesma. “Nós já fizemos abaixo-assinado para prefeitura desde dezembro de 2006 e até hoje não apareceu ninguém. E essa primeira rua do habitacional era pra ser bonita, mas está uma verdadeira bagunça”, argumenta Maria Aparecida.
A respeito da paralisação das obras ou daquelas ainda não iniciadas, a EMURB justifica que teve um período de quatro meses que as obras estagnaram, pois, o contrato da empresa estava sendo reincidido. Segundo a assessoria de comunicação da empresa municipal o projeto que está
Em outras palavras: Calma, é a palavra de ordem.
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Texto produzido em 21 de junho de 2007, para mesclar com o trabalho de Fotojornalismo 4º período.