segunda-feira, 21 de abril de 2008

Nos bastidores...

Foto: Marcelo Freitas







Por Tamires Santos

Caros leitores, não posso deixar de compartilhar com vocês, a minha primeira experiência como aprendiz de repórter. Neste texto, deixo a tal imparcialidade de lado. Essa foto foi em uma conferência ministrada pela secretária de comunicação do Estado, Eloísa Galdino. O evento aconteceu na sexta-feira, 18, como parte da programação da Semex. A primeira cobertura jornalística a gente nunca esquece. Antes que ela aconteça, a gente lembra de todas as “dicas” que memorizamos nas aulas da Universidade.

Neste dia, me convenci que o jornalista precisa reter o seu medo de errar. Sabia? Precisa ser uma pessoa muito bem resolvida, digamos assim. Eu já tinha acompanhado algumas gravações de alguns colegas da equipe do Unit Notícias, como produtora, mas a tensão aumenta quando a câmera e todas as pessoas ao redor te olham, só por quê você segura um microfone. É preciso agarrar-se na vontade maior de buscar e divulgar a informação, por quê alguém do outro lado, precisa ouvir o que o jornalista tem a dizer.

A entonação precisa fazer de uma simples frase, a grande notícia. A notícia que vai “segurar” o telespectador no sofá da sala. No meio de uma multidão é preciso reconhecer as fontes, formular bem a pergunta, posicionar bem o microfone, jamais tratar o entrevistado de “você”, e selecionar o quê de mais importante precisa ser narrado. Transmitir verdade, segurança, fidelidade e humildade ao entrevistar alguém. O jornalista é um pobre necessitado das suas fontes, digamos assim.

Teoricamente, é tudo muito simples. Mas, quando saímos dos bancos da universidade, e passamos a ser co-autores de uma reportagem, sentimos nossas pernas tremer. O amor pelo trabalho precisa ser mais forte para contê-las firmes. Respirar fundo é uma forma de convencer o cérebro que está tudo bem.

Enquanto a adrenalina pulsa forte, a fala do entrevistado pode ser uma “carona” para formulação de outra pergunta. Nesse momento, é preciso olhar nos olhos, mas sem tapar os ouvidos. Todos os seus sentidos devem se conectar com a grande “ágora” para que o jornalismo aconteça: a informação. É nela que o repórter deve pegar carona.

E por falar em carona, não poderia deixar de falar sobre o trabalho do cinegrafista. Ele é o grande companheiro. Sem ele, não existe o jornalismo de TV. Quem iria captar as imagens? Afinal, as imagens falam mais do que mil palavras, não é mesmo? Imagine ligar a televisão e só ouvir a voz do jornalista, sem imagens alguma.

É isso, leitores. Em meio ao fato, o jornalista age como interventor de uma realidade, mesmo sentindo o famoso friozinho na barriga. Em cada experiência dessas, é preciso se vestir de coragem para noticiar. Obrigada por "ouvir" o que tenho a dizer.


4 comentários:

Anônimo disse...

Esta é uma situação por onde todos nós iniciantes passamos. Como você bem disse, é preciso vencer o medo de errar, pois é errando que se encontra o acerto. Esta sua primeira experiência foi fundamental para que você conheça a realidade da prática, tão diferente da teoria. É certo que as duas (teoria e prática) andam juntas, mas se o estudante não praticar, exercer o que aprendeu, dificilmente perderá o medo de encarar de frente esta realidade: microfone, câmera e ação.

Boa sorte, Tamires, nesta sua primeira experiência prática, que ela te ajude a se descobrir ainda mais como jornalista.


Paulo Sousa - jornalista

Anônimo disse...

Caramba Tamires, você não tem noção da alegria que eu estou em saber que você está dando seus primeiros passos como Profissional do Jornalismo.
Pelo que te conheço, tenho certeza que a insegurança não passará de um pequeno degrau, que você vai subir em um passo... Degraus maiores você já subiu... E talvez tenha sido estes que te fortaleceram e te fizeram ser quem você é hoje.
Parabéns, e muito sucesso em sua carreira profissional.

Henrique Quintela - Administrador

Anônimo disse...

É isso aí garota! Tenho certeza que vc começou muito bem. Estou consciente da sua responsabilidade e do seu talento.Invista em seu dom, acredite em vc. Sucesso!!

Anônimo disse...

já ta arrepiando!
parabéns!

joaoaquila.com