Não faltaram expectadores para a reinauguração da árvore natalina arqueada às margens do Rio Sergipe, construída pela Empresa Energética de Sergipe – Energipe, em Aracaju.
A luz provinda do monumento que concorre ao Guinness Book, com o título de árvore de Natal mais alta do mundo, foi recepcionada com aplausos e olhares fiéis dos espectadores que conferiram de perto às luzes que fantasiaram a noite de segunda-feira, 10.
O símbolo com 110, 11 m de iluminação, localizado no bairro Coroa do Meio reuniu famílias nas varandas das mansões localizadas na Av. Beira Mar. Na ocasião festiva, até o trânsito permaneceu disciplinado, mesmo diante das filas dos veículos que se formaram na avenida.
Aqueles que simplesmente faziam a cotidiana caminhada no calçadão, também não hesitaram olhar para o alto. Pontualmente às 20:30 h, o colorido dos fogos de artifícios adotou o céu como pano de fundo.
O Papai Noel rendeu sorrisos, ao desfilar na avenida, em veículo patrocinado pela Coca-cola. Para aqueles que consideraram a inauguração pouco tempo de festa, a 20ª edição da árvore natalina ficará acesa até o dia 13 de janeiro.
Opinião -
Imagino que distante da Zona Sul, a massa da sociedade é desprovida de uma bela paisagem, como é assegurado aos moradores da Av. beira mar. Enquanto a elite social é induzida a comemorar o natal desta forma, durante o ano, uma criança deixou de ir à escola e para trabalhar, ou a Operação Zidane flagrou a exploração infanto-juvenil em prostíbulos da cidade. Pessoas que vivem no semi-árido sergipano passam sede e fome, enquanto políticas públicas e tecnologias sociais poderiam estar sendo adotadas, ao invés da distribuição temporária de água, por meio de carros-pipa. Para essas pessoas, Papai Noel não rende sorriso. Ele nem aparece por lá.
Imaginemos quanto se investe em "monumentos turísticos", como a árvore de natal de 110, 11 m? As desigualdades sociais se acentuam desde do chamado "milagre econômico", durante o governo de Juscelino K. e o fantasma do milagre econômico persiste em atuar na sociedade, por meio do governo atual.
QUANDO A REALIDADE É MASCARADA COM FOGOS DE ARTIFÍCIOS É FÁCIL FAZER AS PESSOAS CREREM QUE O MILAGRE ECONÔMICO AINDA EXISTE E QUE NÃO É NECESSÁRIO REPARTIR O "BOLO".
10 comentários:
OLA! esta muito boa sua materia, eu estava la e realmente foi bonita a inalguração. O q gosto nos seus textos é q são espresivos e teem um toq social
parabens!
Demorou mas quando veio foi com tudoooooooo hein! Parabéns pelo texto informativo e pelo analitico que veio posteriormente.
??? Será que alguém, ao menos lembrou de se preocupar, enquanto as lizes piscavam, as trevas reinam em muitas ruas e avenidas da cidade, e ném precisa procurar é só prestar a atenção por onde passamos.
De uma coisa tenho certeza, tem muitas câmeras espalhadas atrás de árvores para nós aplicar multas.
o natal é o tempo da hiprocrisia...eh o tempo em q surgem centenas d campanhas de solidariedade, que mascaram a fome e a miseria com a distribuição d brindes, presentes e cestas básicas...
A árovre de natal da Energipe, tão linda e tb tão cara, vai consumir muita energia elétrica quando a possibilidade de um novo apagão nao está descartada...
eh muita enganação!
O gasto da Energipe com esta monstruosa árvore poderia ser convertido em taxas mais baixas de fornecimento de energia, ou então em gerir um atendimento mais humano, dando mais atenção ao cliente que é tratado como escória, claro! Ela é a única que fornece eletricidade em Sergipe, monopólio privado e sem dar satisfações a ninguém, ligue p/ lá e tente pedir uma releitura no seu gasto mensal p/ ver como é.
A prefeitura também, gastou um bom dinheiro no calçadão e em outros locais para "decorar" as vendas dos lojistas, muito luxo sobre os pedintes, os mendigos charlatões e os que realmente passam fome, tudo misturado.
Seria bom também se os shoppings centers revertessem o dinheiro gasto com purpurina natalina em melhores preços, mas é o contrário, quanto mais luzes piscando, maior é o preço cobrado.
Se isto é natal, a comemoração do nascimento do rei dos cristãos, aquele q entrou na sinagoga e recriminou os comerciantes, qubrando tudo!
...eu sou ateu, de carteirinha, não compactuo com este tipo de hipocrisia.
O Natal se aproxima e a demagogia também. Quantos votos de felicidades, de paz, e tantas outras coisas mais, saem da boca de corações maldosos, mas que neste período se apresentam como santos. É uma pena que esta data tão representativa e significativa no calendário bíblico seja usada tão somente para o marketing. Quem realmente quer um mundo melhor não espera chegar o Natal para desejar votos de felicidades ou coisa parecida.
Parabéns Tamires pelo texto.
Paulo Sousa - jornalista.
Pão e Circo sempre vão maquiar a realidade. Já imaginou os comentários caso não houvesse árvore esse ano
? "é um absurdo". Sendo que absurdo é deixar gente com fome e frio por um pouco de entreentimento. Tática muito usada ao longo da história, só nos resta torcer para um dia acabar isso.
Olá Tamires Santos!
Em primeiro lugar, Seja bem vinda de volta a blogosfera!
Em segundo Lugar, Parabéns pelo ótimo texto!
Em terceiro lugar, contesto a idéia de: ao invés de árvores de natal, comida e água para o povo sergipano. Tenho algumas razões para contestar. 1º - Ajudar os mais necessitados é obrigação de todos - inclusive do estado - todos os dias do ano. 2º - Uma árvores de natal concorrente ao Guinnes book, atrai investimentos para o estado que podem "diminuir" a miséria da população. 3º - A árvore de natal, asteada durante poucos dias, não impede de os cofres públicos serem sociais. E mesmo que os cofres públicos fosse impedido de agir socialmente, o custo da árvore de natal não passa de 10%, se comparados aos desvios públicos.
Por isso minha cara Tamires, prefiro questionar há má utilização das multas granjeadas pela SMTT, os GETONS ou JETONS, Superfaturametos em algumas obras, entre outras coisas que revelam incopetência administrativa, do que questionar a luminosa árvore de natal.
Parabéns pelo excelente texto, Tamires.
Pois é,todos os dias, eu vejo a árvore elétrica de Natal da minha janela.
A "caritas", como elemento de justiça social, nunca virá do Estado, mesmo que ele tenha caracteristicas de Estado protetor.
Cabe aos membros da sociedade civil,das mais diferentes origens socio-econômicas, promover ações cotidianas de divisão de bens.
Ao Estado, caberia ser fiscalizador das atividades exercidas dentro de seu território, para que tais atividades não configurassem concentração desleal de renda.
Mas é patente que o Estado brasileiro está longe de cumprir suas funções básicas.Contudo,não cabe a nós,cidadãos,esperar eternamente por uma postura interventiva em prol dos pobres.
"Quem quer a revolução dos hábitos,que saía à calçada:lá não falta matéria-prima para tal revolução"
Mais uma vez, parabéns pelo blog ( e pela nova foto do perfil!)! Continue evoluindo!
Muito bem, mocinha, fizeste um belo texto, tou gostando cada vez mais.
Isso é que é aluna!
saudações do prof. Kichute!
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